reVISÕES
quinta-feira, 2 de maio de 2024
quarta-feira, 1 de maio de 2024
domingo, 28 de abril de 2024
sábado, 27 de abril de 2024
aula de CIDADANIA e DESENVOLVIMENTO
O que é que o 25 de Abril trouxe a Portugal que nunca tivesse existido antes na sua História?
Não foi a liberdade, nem a democracia, nem o Estado social – foram as
eleições livres, justas e universais.
sexta-feira, 26 de abril de 2024
O início dos festejos
[ o que lamentavelmente ainda não se disse ]
Os que agora comemoram, alvoroçados, o golpe militar de Abril, festejam, justamente, o triunfo da Democracia…
As longas guerras civis em Angola e Moçambique a que a Descolonização daria origem são irrelevantes pecados de juventude;
O estado actual dos outros dois Dês de abril, Democracia e Desenvolvimento, são os episódios de pré-senilidade de quem, há tantos anos, carrega aos ombros tão amplas liberdades e conquistas.
Com tudo isto, não há-de Abril festejar os seus exemplares cinquenta anos?
quinta-feira, 25 de abril de 2024
“..., sempre ?”
Há agora uma novidade que tende a passar despercebida: é que hoje os saudosistas não são já os nostálgicos do antigo regime, nem até do antigo Portugal do Minho a Timor, são antes os que, de lágrima ao canto do olho, punho erguido e cravo ao peito, saem à rua numa viagem sentimental até ao golpe militar de há meio século e aos “bons velhos tempos” do festivo processo revolucionário que se lhe seguiu.
Quem agora tende a perder-se num “oh tempo volta para trás” feito de velhas palavras de ordem, antigas canções de protesto e novos saneamentos e cancelamentos, são os que, denegrindo irrealisticamente o país que era e floreando delirantemente a revolução e a exemplar descolonização que lhe puseram fim, se abstraem do país que temos e do presente que aqui está.
.
Se o Portugal nação multinacional e pluricontinental se transformou numa utopia nostálgica, arquivada nos mapas que sobrepunham o então “império português” à carta da Europa, também o Portugal comunista que alguns quiseram impor pela força acabou dezoito meses depois de Abril, no dia 25 de Novembro de 1975.
Essa é, goste-se ou não, a data fundacional da democracia pluralista em Portugal.
Há até quem a transfira para a Constituição de 1976, ou ainda para Setembro de 1982, com o fim do Conselho da Revolução e do poder de controlo dos restos do MFA sobre os representantes do povo.
Esqueça os mitos. Escute a história!
O General Manuel Monje - à data Major de Cavalaria - de António de Spínola diz apenas o necessário mas desvenda tudo
do 16 de Março de 1974 ao 11 de Março de 1975
contributos para desfazer o mito!
errado!
Portugal começou antes!
Portugal começou antes!
Iludidos, ingénuos ou manipuladores?
A 6 de Junho de 1975, poucos dias após uma derrota “inesperada” nas eleições constituintes, Álvaro Cunhal deu uma entrevista a Oriana Fallaci onde, surpreendendo a própria entrevistadora com a sua honestidade e crença na ideologia comunista, expressou ideias como estas:
• Em Portugal (…) não existirá qualquer hipótese para a instauração de uma democracia como as que se conhecem na Europa Ocidental; As eleições não têm nada a ver (…) com a dinâmica revolucionária (…) quer isto agrade aos socialistas ou não;
O MFA é uma força política (…) se acredita que a Constituinte pode funcionar sem o MFA comete um erro enorme;
A Constituinte não se transformará, seguramente, num corpo legislativo, ela não será, seguramente, uma Câmara de Deputados. Garanto-lhe. Será uma Constituinte, com os seus poderes limitados, e nada mais;
Em Portugal não haverá parlamento;
No processo revolucionário não se respeitam as leis, fazem-se as leis;
(Que entende por democracia?) Seguramente não o mesmo que vocês, os pluralistas;
E vem-me você falar de resultados eleitorais, de liberdades democráticas, de liberdade;
Nós não esperamos pelo resultados de eleições para alterar estruturas e destruir o passado;
Portugal não será um país com liberdades democráticas;
Não acredito num golpe de Estado fascista, estamos em condições de o evitar graças à nossa aliança com os militares;
Nós não teremos um Portugal social-democrata.
Álvaro Cunhal não era o único a pensar assim. A 28 de junho de 1975, três membros do Conselho da Revolução falaram com o Expresso. Um deles, Vasco Lourenço, disse “com a social-democracia não construiremos o socialismo”.
Este era pensamento que dominava a esquerda. É por isso que o 25 de Novembro é a maior derrota da esquerda portuguesa. A democracia pluralista vingou. (também graças a Mário Soares)
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